Não adianta gente de faz de conta; o que conta é gente que faz

Boa vontade é um bem precioso e raro,
pois, em essência, trata-se de uma das
bases para todas as realizações da sociedade.
É a disposição para ajudar, mas ajudar para
valer, querendo resolver e com o intuito de
colaborar com os outros e com o mundo em
que vivemos.
Educar as emoções para agir com boa vontade
não é apenas sentir compaixão e ficar
paralisado, como mero expectador. É ir de
encontro à ação com atitudes concretas, é fugir
da inércia e olhar o outro com empatia.
A conhecida parábola do Bom Samaritano é
um excelente exemplo dessa virtude a desenvolver:
– “Ao verificar a oportunidade de ajudar
aquele moribundo ferido no caminho, o
samaritano, dotado de boa vontade, não perguntou,
não investigou, não suspeitou, não ficou
estático e inoperante, ele apenas ajudou
sem pedir nada em troca”. A essência deste
sentimento é dar de si espontaneamente; é
operar o bem sem nada receber.
Apenas uma atitude de boa vontade por
dia pode mudar o destino de muitos, principalmente
o seu. Emprestar um livro, remover
um potencial perigo da via pública, ouvir
um irmão com paciência e silêncio, indicar
alguém para uma oportunidade profissional,
conter a irritação, doar um pouco dos seus
recursos materiais para instituições filantrópicas,
doar de seu tempo para a caridade e
cidadania. Eis alguns exemplos de como podemos
transformar a teoria em prática.
A má vontade é um dos piores flagelos da
humanidade. Com frequência, por descuido,
adotamos um sentimento de inoperância e
preguiça diante das coisas. Às vezes, parece
que somos compelidos a fazer tudo pela metade.
Onde não há boa vontade e o mínimo
de intenção em comum, nem os melhores
exemplos e atitudes farão alguma diferença.
Portanto, aja, lute, realize, batalhe sem
olhar para os lados, quem quiser te seguir vai
seguir, quem estiver disposto a te ajudar, vai
ajudar e quem não quiser vai arrumar qualquer
tipo de desculpa.

J.R. Jerônimo

 

A água não discute com seus obstáculos, ela apenas os contorna – Kelly Gimenes

Vivemos em um mundo atribulado e materialista;
somos propelidos todos os dias ao
egoísmo, a pensar apenas em nós mesmos.
Precisamos deixar para sempre a antiga lei
do dente por dente e olho por olho, que impera
ainda hoje em nossa sociedade.
Tenhamos a certeza: “Será o conjunto das
boas vontades dos homens, venham elas de
onde vier, de qualquer credo ou raça, as alavancas
para que a humanidade, num futuro
próximo, caminhe em um mundo melhor,
mais belo e mais justo para se viver”.